O Beijo de Alexandre O’Neill ( 1924-1986). Transcrevo-o com o imperscrutável olhar da gaivota que tudo desencadeou.
O Beijo
Congresso de gaivotas neste céu
Como uma tampa azul cobrindo o Tejo.
Querela de aves, pios, escarcéu.
Ainda palpitante voa um beijo.
Donde teria vindo! (Não é meu…)
De algum quarto perdido no desejo?
De algum jovem amor que recebeu
Mandado de captura ou de despejo?
É uma ave estranha: colorida,
Vai batendo como a própria vida,
Um coração vermelho pelo ar.
E é a força sem fim de duas bocas,
De duas bocas que se juntam, loucas!
De inveja as gaivotas a gritar…
Publicado pela primeira vez em No Reino da Dinamarca (1958) e transcrito de Poesias Completas 1951/1986,
Maravilhosa partilha querida amiga ,desejo-lhe num domingo muito feliz ,beijinhos no coração felicidades
ResponderEliminarOBRIGADA AMIGO EMANUEL
ResponderEliminarU B.F.SEMANA E U ABRAÇO
Muito bonito. Parabéns.
ResponderEliminarBjos
Bom Domingo.
Passando para desejar uma excelente noite e um radiante amanhecer!
ResponderEliminarAbraço!